quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

De repente você cansa (Por Mônica Monte)



Cansa das músicas que sempre ouviu, das pessoas
que te cercam, das roupas no armário, das ruas em que anda.
Cansa do jeito que penteia o cabelo, do jeito que
levanta da cama todos os dias e das palavras que escolhe para não dizer o que
realmente gostaria de dizer.
Cansa de procurar beleza onde beleza não há e até
mesmo de desculpar.
Cansa de tentar fazer os outros enxergarem que
seus pesadelos são apenas uma ponte rumo ao nada e não uma encruzilhada.
Cansa de ofertar o verão que queima nos olhos e de
ostentar indiferença e cansa, sobretudo, de tentar fazer a diferença.
Cansa de tentar fazer o certo o tempo todo e de se
perdoar quando faz o errado.
Cansa pelo drama do amigo distante, cansa pelas
lamentações do amigo ao lado.
E por mais que você corte o cabelo, compre roupas
novas, faça uma viagem, leia sobre assuntos inimagináveis, transe debaixo de
uma ponte, faça uma tatuagem, coloque um piercing, delete amigos do seu
Facebook, Twitter, Orkut e do seu convívio social, esse cansaço não passa.
Porque no fundo você não está cansado do mundo,
mas da maneira como reage a ele.
Da maneira como reage a uma pedrada, a uma flor, a
um menino de rua, a ausência da lua em suas noites cheias.
Não é difícil aceitar as pessoas como elas são,
difícil é mudar a maneira como reagimos a elas.
Não é aceitar a vida como ela é que cansa, mas sim
a dança que fazemos para nos esquivar de tudo aquilo que não entendemos ou
sentimos medo.
Sei não, mas talvez o poeta tenha razão quando diz
que ‘o que cansa, mesmo, é a insegurança’...
Porque só repete o mesmo padrão de
comportamento/emoção, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, quem
precisa da pseudo-segurança que ‘o habitual’ carrega no ventre.
Ultimamente tenho optado pela mudança. Não a
mudança que alcança os olhos, como um corte de cabelo, mas a mudança que me faz
dormir contente por ter agido diferente.
Ela cansa tanto quanto, mas pelo menos me faz
sentir que estou viva e não apenas vivendo os dias.


Para variar, música de Maroon 5 - The Air That I Breathe

sábado, 18 de dezembro de 2010

Eu e minha falta de preferências

Tudo começou com o amigo culto corporativo.  
Era preciso preencher uma lista com o presente ideal.Pensei uns 10 minutos no que pedir e não consegui definir nada. Então resolvi dar uma olhada no que o pessoal pediu. Fiquei bastante suspresa com o fato do pedido revelar o pedinte.

Tipo assim, todo mundo tem um gosto ou padrão de escolhas. Não é só preferência por isso ou aquilo. Mas veja, tem gente que adora rosa! Sai toda de rosa no melhor estilo Penélope Charmosa e fica bem! Dai me lembrei que não tenho uma cor preferida a ponto de querer quase tudo na mesma coisa ou tom.

Esses dias descobri uma pessoa apaixonada por sapinhos de pelúcia. Acredito que tenha muitos bichinhos verdes espelhados pela casa. Daí me lembrei também que nunca me apaguei a nada assim. Um belo exemplo: na época do colégio, primário, as meninas colecionavam as revistas da Barbie que dava para colar as roupinhas por cima, eu cheguei a ter uma revista, mas não tinha saco para colecionar, correr atrás de cards novos e tal! Minha empolgação não passava de alguns dias.

E por aí vai. Nunca tive paciência para coleções e muito menos para manter e seguir a risca uma preferência! Não gosto de chamar tudo isso de preferência e sim de padrão!!! Algumas pessoas já nasceram padronizadas e assim fica fácil agradar. Basta seguir seu padrão. Conheço gente com padrão de cores, personagens de HQ, padrão bege vovó, ou  colorido e cheguei, padrão "só serve se for sexy"...

Engraçado é pensar que tudo isso me ocorreu só porque precisava definir um presente para o amigo oculto! Resolvi deixar em branco né?! O espaço era pequeno para discursar sobre minhas dúvidas e falta de padrão! Vou contar com a sorte e a boa percepção do meu amigo oculto, para me agradar! Coisa difícil, quando nem eu sei do que gosto!

Depois de tudo isso, vou marcar consulta com psicólogo!!! Acho que tenho problemas!

Ahh!!! Depois eu conto como foi o amigo oculto e se acertaram no presente.


E uma musiquinha que não paro de ouvir! É da Alicia Keys, mas com Maroon 5 ficou um espetáculo também!

sábado, 13 de novembro de 2010

Exigente sim, fresca não!

Acho que estou começando a entender minas exigências e manias. Quando você não é fresca, sabe se virar sozinha e é independente em muitas coisas passa a exigir que os outros (leia-se "O Cara") saiba tanto quanto, ou mais que você.

Poxa, sou do tipo que tem nojo de barata, mas se tiver que se lirvrar de uma, estamos aí. Que adora andar de carro, mas se for preciso andar no Mercedão, tô dentro. Sou do tipo sem frescuras para comida, aliás do tipo que ainda consegue fazer uma bela bagunça enquanto come, que não tem vergonha dos pés descalços, que não se preocupa com as unhas na hora de lavar as louças. Aliás, que sabe lavar louça, cozinhar, limpar, viver e sobreviver. Papo sério, nem todos sabem! Ah, descobri que sou capaz de comandar uma churrasqueira sem queimar, sem salgar, consigo preparar um almoço para muitas pessoas, mesmo que elas não venham. Sim, organizar e colocar o negócio para funcionar! Ainda me entendo com alguns cabos, fios e eletros sem ficar com cara de paisagem. Levo minhas bolsas pesadas sem cara feia, coloco a mão na massa minha gente!

E acho inadmissível alguém ao meu lado que entenda menos de certas coisas que eu.  Sabedorias que deveriam estar no sangue, tipo conhecimentos que passam de geração para geração! Quase instinto!

As frescas e as adeptas do papo "preciso é de dinheiro para pagar quem faça por mim"  que me perdoem, mas se você não sabe, como vai exigir ou mandar que façam bem? Reles teoria!

Este não é o ponto que quero chegar! Toda essa volta e exposição do meu currículo de habilidades é só para concluir que: SABENDO MUITO OU SABENDO NADA, NÃO HÁ DIFERENÇA! ELES AINDA PREFEREM AS VACAS! (Rindo sozinha)
Beijos povos e povas!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Eu me apaixono por...

Eu me apaixono com os olhos! Sim, por que me apaixono pelo que vejo. Nunca pelo que sinto.As vezes me apaixono com o ego, só vale apena se for alimentado. Também me apaixono pelo tato, pelo olfato, até pelo paladar! Tem que ser bom de pegar, cheiroso e gostoso!

Me apaixono pelos sonhos que tenho e pelas fantasias. Pelas histórias criadas e expectativas quase vividas de tão intensas. Ainda me apaixono pela euforia e êxtase causado pela paixão em si! Só não me apaixono com o coração, por que aí seria amor, e aí não teria controle, e o que os meus olhos virem não fará diferença alguma! E aí será ladeira abaixo na cegueira total.

E nessa de apaixona e desencanta vou fazendo do meu histórico amoroso um grande papel de rascunho, rasbicado, amassado, com várias partes remendadas ou apagadas. Infelizmente não existe corretor ortográfico sentimental. Nada de aparecer o alerta com sugestão quando uma história está sendo mal contada, ou quando inverdades são ditas.

Bruna Turques


domingo, 7 de novembro de 2010

Aconteceu no Caioaba II


Como já contei no post anterior, minha vida no Caioaba era só sombra, água fresca e muita brincadeira. Tudo isso com exceção dos perrengues, mas não quero falar disso. Quando paro pra pensar na minha infância naquele bairro fico feliz pelos momentos que tive, as pessoas que conheci, as brincadeiras, são memórias eternas, tenho a sensação de que até a velhice estará tudo guardado na cachola.

Cheguei ao Caioaba em Fevereiro de 1994. Ano de copa do mundo e mudanças de governo e moeda. Esses são os únicos fatos históricos que lembro. Toda a minha memória da época remete a brincadeiras, músicas e programas de TV infantis. Sempre admiti ter sido uma criança alienada para o mundo. Tenho vários amigos que lembram de quase tudo que acontecia no mundo durante a sua infância, eu não lembro de nada! Nada como a morte de Renato Russo, por exemplo, não lembro da repercussão. Do Senna, também não lembro bem. Só lembro da partida dos Mamonas por que era muito fã. Acho que tenho memória seletiva para tragédias.

Aquele ano foi o mais festivo que tive por lá! O pessoal da Rua Fernanda de Souza, onde morava, organizou uma festa julina misturada com Copa do Mundo. Então, nos dias de jogos, tinha fogueira, comes e bebes e tv na rua para todo mundo ver o jogo! E foi a maior bagunça! Após os jogos, que foram sensacionais e que nos levou ao Tetra, tinha muita música e dança, enfim, era festa! Lembro que meu pai comprou caixas e mais caixas de fogos! E eu na onda soltava estalinho e bombinhas (risos).

Em apenas seis meses de bairro eu já tinha feito muitos amigos e conhecia muita gente. O grupo todo era muito mesclado entre meninos e meninas e com a faixa etária entre 8 e 12 anos, se não me engano. Todos com o mesmo estilo de vida e preocupações, ir para o colégio, voltar, assistir Power Rangers, almoçar e ir para a rua brincar! Quase sempre as brincadeiras se repetiam, o grupo não mudava, tinha as pequenas richas, os bafafás, os "mas-que-mas", e no final das contas todo mundo se acertava e no dia seguinte nada mais importava! Estávamos todos juntos fazendo algazarra de novo.

(Continua)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Cadelas e Vacas

A cena era linda! Dois animais lindos brincando em meio ao cenário caótico da cidade grande. Um cachorro branco, baixinho, marrento e cheio de amor para dar e uma cadela preta, enorme, parruda, bonita, de aparência bruta, porém, brincalhona.

Os dois brincavam animosamente, pareciam velhos amigos, a intimidade ecoava nas mordinas sem força e pelos olhares de "você não me pega". Depois de longos minutos de morde e corre os dois deitaram cansados no meio do caminho, até que o branquinho resolveu mudar de brincadeira para algo mais sério! Ele queria namorar minha gente! E o que vocês acham que aconteceu? O óbvio, leveu umas mordidas para deixar de ser palhaço! Ele se chegava e ela o mordia, brigava e recuava! E ficaram nessa, voltaram para  brincadeira e depois para a estaca zero! O branquinho bem que tentou, mas daquele mato não iria sair cachorro mesmo!

Até que saiu uma cadela daquele "matagal". Sim, uma bela cadela marrom! E toda ensinuosa entrou na brincadeira, roubando totalmente a atenção do baixinho marrento. A pretinha foi deixada de lado e todo seu 'doce" não serviu de nada! A marrom entrou no circuito e roubou-lhe o amigo, o futuro pai dos seus filhotes, tirou-lhe a boa sorte! Em questão de segundos o cachorro (literalmente) já estava bem interessado na carne nova e bem entrosado, tratou de acompanhar sua nova amiga! Bye, bye Pretinha, deu para ouvir naquela olhadela de lado!

E no final das contas a vida animal e a vida humana é tão parecida. São tantas dúvidas entre as decisões irracionais e as racionais. Na cena cadelaXcachorroXcadela e mulherXhomemXoutra, para toda investida de paquera sempre haverá alguém fazendo doce! Para todo excesso de doce sempre haverá um pé na bunda! Existem vacas fantasiadas de cadelas e o pior vacas disfarçadas de mulher!

Diga o que tem que dizer! Mostre logo a que veio. Doce, rodeios e indiretas não servem para nada, só para complicar mais a vida, criar situações embaraçosas e conclusões que só você percebeu. É como na ilustração, o interesse dura tempo suficiente até aparecer outro atrativo, mesmo que não seja exatamente melhor.

No final das contas mulheres ou cadelas sempre perdem para as vacas.

domingo, 24 de outubro de 2010

Aconteceu no Caioaba - I

Morar num bairro pobre, mal estruturado e com gente que veio de tudo que é canto é muito complicado. Mas, quando se tem 8 anos, as coisas são bem mais simples. Era mais uma mudança que minha família realizava, não era nenhuma novidade pra mim, estava só na expectativa e ansiosa por conhecer a casa nova, os vizinhos novos, as crianças da minha nova rua, o colégio, seria tudo novo de novo!

E, apesar de não parecer, era um grande passo na vida, da favela para a Baixada! Da casa de parentes para a casa "própria". Sim, evoluímos. E chegamos numa casa bastante mal tratada, meio que aos pedaços, mas espaçosa! Teríamos muito trabalho até deixá-la apropriada, mas estávamos satisfeitos.

Mudamos no período das férias escolares o que foi bom, deu tempo de conhecer a pirralhada toda da vizinhança, e não eram poucas crianças naquele lugar. As poucas semanas foram suficientes para reconhecer o novo caminho até o colégio que por sinal era uma porcaria, a tal de E.E. São Jorge! Tenebrosa! Lembro-me de uma menina da minha turma, antiga segunda séria primária, que deveria ter (ao meu ver) cerca de 1,70 de altura, gorda toda vida, parecia uma adulta! E eu, coitada, franzina e baixinha tinha um medo horrendo dela! Na tal escola nada era bom, só a hora do recreio, tirando a merenda que era sempre leite, leite, leite e na caneca de plástico engordurada! Que nojo! Nunca tomava, mas pegava pra gordinha que enchia a garrafinha d'água com o leite reteté e levava pra casa. É, a vida não era tão fácil!

Com poucas semanas após a mudança, passamos por um susto tremendo. Faltou luz no bairro e ficamos três longos dias sem energia! Foi aí que aprendi a fazer lanterna de lata de leite com vela! E a minha estava sempre à mão, já que a falta de luz era constante. Mais alguns meses à frente, descobrimos para que servia o rio no final da rua, além de ser depósito de lixo, já que o bairro não tinha coleta regular. Servia para transbordar é óbvio! Lixo + chuva = a enchente! Deciframos esta equação da maneira mais dolorosa e triste, ou seja, na prática!

É claro que sobre isso ninguém comentou, nem na época da procura pela casa e nem depois que mudamos! E com muita coisa ainda embalada, enfrentamos o primeiro corre-corre, suspende as coisas e corre para o Brizolão, campo dos refugiados da chuva! Eu não lembro de muita coisa deste dia. Só de ir no ombro do meu pai, pois a água na rua batia na cintura dele. E de chegar no pátio da escola e encontrar quase que uma festa, gente que não acabava mais, o Credinho (dono de um grande boteco) distribuindo biscoito milhopan pra mulecada, e um zunzunzum sem fim! Não ficamos muito tempo naquela muvuca, em algumas horas voltamos pra casa, a água já tinha baixado e restava muito trabalho para fazer!!!! Limpar tudo e se acalmar do susto!

Morar no Caioaba não era só tristeza. Essas pequenas calamidades afetavam meus pais que se preocupavam com nosso bem estar. Crianças não ligam para nada disso. Ou melhor, eu não ligava, não tinha consciência de risco, necessidade ou falta de algo melhor. Morar na baixada foram quatro anos de diversão e alienação da realidade da minha vida e dos que me cercavam.

Muitas coisas aconteceram no Caioaba, e o resto da história eu conto depois.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sonhar pra quê?

Num domingo desses, caminhando rumo a um lugar qualquer ouvi um papo que me intrigou. Um menina com cerca de 9 anos, divagava com a mãe sobre seus sonhos e projetos, falando sobre o que gostaria de ser e tudo o que desejava da vida. E no meio desse papo ela perguntou, inocentemente:

- Mãe, com o que você sonhava quando era crianças?

A mãe, num tom muito áspero e rancoroso, respondeu:

- Sonhar? Eu nunca tive tempo para sonhar! Nunca tive sonhos! Isso é coisa pra quem tem tempo sobrando.

Nossa, a resposta doeu em mim, não pela menina ouvir isso, e sim por ouvir uma confissão tão dolorosa! Todo mundo tem sonhos. Não consigo imaginar que em alguns ano não tenha parado um só instante para desejar e sonhar com algo. Não quero e nem posso julgá-la, mas deve ter passado uma vida muito cruel.

É nessas horas que penso como minha vida é boa, pelo menos ainda alimento meus sonhos e alguns chego até a realizar. E quantas pessoas já perderam completamente a capacidade de sonhar? Quantas já perderam a esperança de dias melhores, de justiça e vitória sobre seus dias tão pesados?

terça-feira, 5 de outubro de 2010

"Te Amo"

Enquanto penso em você, enquanto escrevo para você, te ouço aqui. E sabe, estive pensando que eu te amo tanto, com todo calor que posso te dar, com todo egoísmo que possuo em te querer só pra mim, com tudo que pode haver de bom e até com meu lado condenável. Fazer o que, não é? Eu simplesmente te amo. E é com toda minha memória e experiência, mesmo que inútil para você. E neste amor, ainda te ofereço meus suspiros e sonhos, afinal já são seus. Consigo te amar até na raiva que sinto da sua facilidade em me decifrar. Te amo pela sua existência, pelo seu brilho na minha escuridão. E por hoje é só isso, apenas te amo.

Bruna Turques

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Ensaios de Amor - Alain de Botton, novamente

Mais uma vez vou postar alguns trechos do livro de Alain. Estou num ponto do livro em que o protagonista, apesara de homem, passa por uma situação crítica, quando ouve de sua amada: Você é demais para mim. Quem nunca passou por esse psicofatalismo, como o próprio autor chama, que derrame a primeira lágrima de depressão.


"Todo homem chama o que lhe agrada e lhe dá prazer de bom; e de mau o que lhe desagrada: enquanto cada homem difere de outro em constituição, eles também diferem uns dos outros da distinção comum de bem e mal. Não existe uma coisa simplesmente boa..." (Hobbes)
"Primeiro de tudo, chamamos as ações individuais de boas ou más sem pensarmos em seus motivos, mas unicamente por conta de suas consequências úteis ou danosas. Logo, no entanto, nos esquecemos da origem dessas designações e acreditamos que a qualidade boa e a má são inerentes às ações propriamente ditas, independentes de suas consequências..." (Nietzsche)

(...) Eu aprendi que os humanos se colocam numa relação de liberdade negativa com relação uns aos outros, mas certamente não são forçados a amar uns aos outros se não o desejarem. Uma crença primitiva e não-trágica me fazia sentir que minha raiva me capacitava a culpar outra pessoa, mas reconheci que a culpa só poderia ser ligada ao acaso. Ninguém se zanga com um burro porque ele não sabe cantar, pois a constituição de um burro nunca lhe deu a chance de fazer algo que não fosse zurrar. Da mesma forma, não se pode culpar um amante por amar ou não amar, pois é uma questão além da sua escolha e, portanto, alem de suas responsabilidade - embora o que torne a rejeição no amor mais difícil de suportar do que burros que não sabem cantar é que um dia o amante foi visto amando. É mais fácil não culpar o burro por não cantar porque ele nunca cantou, mas o amante amou, talvez há bem pouco tempo atrás, o que torna a realidade da afirmação Eu não te amo mais ainda mais difícil de digerir.

A arrogância de querer ser amado só havia surgido agora que não era retribuída - fui deixado sozinho com meu desejo indefeso, sem direitos, além da lei, chocantemente rude em minhas exigências: Me ame! E por que motivos? Eu só tinha a desculpa esfarrapada de sempre: Porque eu te amo...

* Ensaios de Amor - Alain de Botton - Página 189/190

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Caderno de Perguntas

Recebi um e-mail do meu antigo professor de inglês com um questionário que me lembrou muito o saudoso caderno de perguntas. E resolvi postar aqui, é claro que respondido. Gostaria de convidá-los a responder também.

01 -Nome Bruna Turques
02- IDADE?  24
03 - Tatuagens?  Zero! Mas já pensei em fazer.
04 - Piercings?  Zero.Também já pensei em fazer, desisti.
05 - Já foi à Europa? Nunca, mas adoraria.
06 - Já ficou bêbado?  Acho que não...
07- Já chorou por alguém?  Oh! OH! Muito. Infelizmente.
08 - Já esteve envolvido em algum acidente de carro?  Não.
09- Peixe ou carne Carne de peixe serve? ha ha ha gosto dos dois.
10 - Música preferida Difícil..música é muito momentâneo! Hj Things That I Will Never Say
11- Cerveja ou champagne? Coca-Cola
12 - Metade cheio ou Metade vazio  Oi??
13 - Lençóis de cama lisos ou estampados?  Tanto faz!
14- Filme preferido Ele não está afim de você
15 - Flores Não gosto!
16- Coca-cola simples ou com gelo? Ser coca-cola já basta
17 - Quem dos teus amigos vive mais longe? Não sei dizer! Alguns moram longe, mas não sei se ainda são amigo...
18 - Quem você acha que vai responder a esse e-mail mais rápido? ...
19- Quantas vezes você deixa tocar o telefone antes de atender?  O mínimo quando é possível.
20 - Qual a figura do seu mouse-pad?   Planejamento Estratégico - Eletrobrás
21 - Pior(es) sentimento(s) do mundo? Inveja, orgulho e soberba
22 - Melhor(es) sentimento(s) do mundo?  Amor, compaixão e solidariedade
23 - Ultima coisa que faz antes de dormir? Beber água.
24- Qual o primeiro pensamento ao acordar?  Aii que preguiça! Seja qual for o dia e horário.
25- Qual o Ultimo pensamento antes de dormir? Não faço ideia! Vou prestar atenção...
26 - Se pudesse ser outra pessoa, quem seria? Outra? Talvez seria outra Bruna, melhorada! ahahaha
27 - O que você nunca tira? O mesmo que meu prof. "MEU NARIZ"
28 - O que você tem debaixo da cama?  Sapatos, livros, e poeira.
29 - Qual a pessoa que talvez não te responda?  Todas?
30 - Aquele que com certeza vai te responder? Nenhuma...
31 - Quem gostaria que te respondesse?  Hum...humm....
32 - Que livro está lendo atualmente Ensaios de Amor - Alain de Botton
33 - Uma saudade?  Da mina adolescência
34 - Uma característica tua Falar demais
35 - Decepções que tive em minha vida.. Algumas não publicáveis
36 - Lugares em que morei  Santa Cruz, Nova Iguaçu e Campo Grande..só lugar "bão".
37 - Programas de TV que assistia quando criança  Os Clássicos com apresentadoras hj idosas ahahaha da Xuxa, Angélica, Mara,  Os Trapalhões...
38- Programas de TV que assisto hoje? Separação, CQC, Esquadrão da moda e algumas novelas
39 - Lugares em que estive e voltaria  Não estive em muitos lugares, mas voltaria a todos que conheci.
40 - Formas diferentes que me chamam B e Bruninha.
41 - Pessoas que me mandam emails quase todos os dias Andréa, Priscilla e Ricardo
42 - Comidas e Bebidas Favoritas Estrogonofe de Carne, Mocotó e Sopa de Legumes
43 - Lugar em que desejaria estar agora Não tenho um lugar próprio, apenas uma companhia própria que gostaria neste momento!
44 - Espero que este ano eu possa... Concretizar meus projetos.
45- Mande um recado pra quem te enviou:  Obrigada por me trazer à memória este antigo prazer de responder perguntas soltas e desconexas!

Curtinhas do Dançando

Encontrar velhos conhecidos no mercadinho perto de casa, parece algo bem casual e inocente. Até seria se o encontro não fizesse surgir perguntas inconvenientes e intromissões indesejadas.
Avistei um velho conhecido, que não encontrava há tempos, fiquei até na dúvida se ele ainda lembrava de mim, até que ele mandou um:

- Oi!
Respondi pronta e simpática!


- Oi
Na fila seguinte.


- E aí, casou?


Esbocei um sorrio sem graça.


- Não.


Entra a dona/caixa do estabelecimento no assunto.


- Casar pra quê?


- É que você sumiu, achei que estivesse casada.


Googlei na mente: qual é a relação entre sumiço e casamento? Resposta não encontrada.


- Não casei. (Penso: sabia que existe uma linha do tempo, que não para, entre a época que te conheci, digo na minha adolescência, e os dias atuais?)


A intrometida:


- Ihh casar..casar pra quê? Hoje pra encontrar um homem bom é tão difícil. Vai achar um em 100.


Emendo: Um em mil.


- Poderia te indicar meu filho (risos).


Sorrio sem graça enquanto penso "ótimo, eu aceito".


- Mas ele não vale nada!!! Coitada da namorada dele.


O inconveninente comenta:


- É, para achar o homem bom é preciso pedir direção de Deus!


- Concordo e sempre peço! E quanto ao seu filho "fulana", ele não serve,  já que tem namorada! (Nota mental: que pena).
Enquanto isso o sem noção vai embora e eu termino de pagar minhas coisas. Enquanto a intrometida continua:

- Meu filho é muito safado! Coitada da namorada! É uma boa pessoa, mas safado!!!!!


- É... que pena, resmungo.
- Oi?
- Oi? Quanto deu?
E fim de papo! Fui embora rapidinho antes que minha cara denunciasse meus pensamentos!



Ensaios de Amor - Alain Botton (II)

Estou terminando de ler Ensaios de Amor do autor Alain de Botton, e mais uma vez resolvi compartilhar trechos do livro que chamaram minha atenção.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Velhos Amigos

Encontrar um amigo que deixei para trás me deu a sensação de irresponsabilidade! Afina, ouvi dizer que somos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Ora, eu o cativei e fui cativada, mas deixei pra lá! Fui colocada num alto escalão “Madrinha de” e não fiz jus ao título.

Fui posta como “a amiga mulher que você, esposa, pode confiar, ela será sua amiga também”, e pulei fora do barco. Ao vê-los fui chamada, quase que aos berros, de tudo que é nome pelo meu desleixo e descaso com pessoas que realmente significaram pra mim. E que, com o meu sumiço, fiz parecer que não passaram de meros conhecido.

Nem pude dizer “amigos, amo vocês”, por que as palavras não condiziam com os atos, com as não-ligações, com a falta a festinha de aniversário do primeiro filho do casal, com as não-mensagens.

Vê-los me deixou com um peso enorme na consciência, me trouxe a memória todos os que, aos poucos e com a velha frase “vamos marcar”, fui deixando para trás!

Não consigo expressar ao certo o que passei naqueles poucos minutos. Só sei que me deu vontade de chorar.

Off!

"Só existe uma coisa melhor do que fazer novos amigos: conservar os velhos."
Elmer G. Letterman

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Em 1900 e Antigamente

Esses dias me peguei pensando em como foi possível sobreviver aos anos de 1900eantigamente. Fiquei pensando como meu cabelo aguentou os banhos de creme Rinse, Leite de Cabra, Neutrox e Lama Negra. No início da minha adolescência cheguei a pensar que a salvação viria do Kolene! Mero engano!
E mais, como amantes se apaixonavam pelo perfume Toque de Amor da Avon, Lavanda ou Alfazema da Granado ou pelo cheirinho do Phebo? E o talco da embalagem vinho que tinha o cheirinho da vovó? Como as mulheres ficavam bonitas à base de baton 24h ou 48 horas, brilho de morango ou uva?

Como tratar a acne com Leite de Rosas (que hoje deixa minha pele um "ó") e Minâncora?  Engraçado demais era se ralar e chorar por antecipação por saber que a mãe viria com o Merthiolate, ou seja, seria ardência na hora! Eu sempre chorava pra usar o mercuro-cromo, que hoje foi abolido, por não ter seu efeito comprovado! De uma coisa eu sei: ficava toda vermelha, esquecia do machucado, só queria saber de acabar logo com o vermelhão!

Passei por cada uma! Usei fita vermelha para espantar o sarampo e tomei banho de permaganato pra curar a catapora! E tive as duas doenças seguidas!

Lembro de uma modinha que nunca consegui acompanhar, as lindas saias de pregas e xadrez vermelho! Muitas coisas eu quis ter e não pude, mas esta saia foi um grande sonho de consumo. Até poderia ter hoje em dia, mas não cabe mais para a minha idade! Passei do tempo, sem contar que seria chamada de emo! Aff!


Não vou entrar nos méritos das brincadeiras, opções de lazer e tal! Só quero dizer que o Banco Imobiliário agora tem máquina para cartão de crédito!




É isso aí pessoal! Até a próxima! Beijos com a marquinha da Xuxa, com aquele gloss maravilhoso com aplicador que ela já tinha em 1900 e antigamente!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Digitei e não enviei

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Sei que não faz a menor diferença na sua vida, mas ouvi uma música e lembrei de você,ou será que lembrei de você e ouvi uma música? Memória seletiva modo on.. O fato é que estava tentando descobrir uma música que na verdade eu já conhecida. E veja só, foi uma música que ouvi até dar calos no ouvido, cantarolei baixinho como se fosse uma prece (tudo por sua causa). E veja só², era minha nossa trilha sonora.

Sabe, foi minha nossa trilha sonora num momento que só queria falar, falar, falar e não me arrepender. Queria gritar sentimentos guardados (hoje vejo que nunca deveriam ter feito isso) que sufocavam. Andava por aí gritando "Say what you need to say", quando nem mesmo eu respeitava tal frase. E ao mesmo tempo recitava baixinho para não expor a fragilidade "Things I'll never say".

Nunca estive para John Mayer e seu refrão,Have no fear for givin' in/Have no fear for giving over /You better know that in the end/ It's better to say too much, than never to say what you need to say again/ apesar de querer me convencer que sim. Sempre estive para Avril com suas dúvidas e medos So why can't I just tell you that I care (...)Yes, I'm wishing my life away/With these things I'll never say.

O fato é que usei mais de mil caracteres para lhe contar que você, além de ter dois textos explícitos a seu respeito, também tem um vasta trilha sonora. Ah, eu sei que está se perguntando mentalmente "e o kico?", é, você não tem nada a ver com isso, mas eu queria contar. Agora já pode apagar esta mensagem e marcar meu endereço como spam.

Bruna Turques

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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Homens que não merecem respeito

Só quem conversa com a própria consciência, conseguirá entender. Estava seguindo de buzão, como sempre, quando vi um cara e pensei "Este cara não merece meu respeito". É claro que eu poderia pensar "nossa que brega" ou coisa assim.#NOT.

No mesmo instante que pensei esta frase me ocorreu como sou cômica. Por um acaso aquele indivíduo me pediu algum respeito ou opinião? Claro que não! E mesmo assim passei o resto da viagem analisando "merece e não merece". E é claro, na falta do que fazer, criei uma lista dos que não merecem meu respeito.

Homem que não merece meu respeito:
  1. Usa a manga da blusa, de malha, dobrada (deu origem a este post) ;
  2. Usa Pochete;
  3. Mistura no mesmo visual Bermudas + tênis + meias nas canelas (inclusive os skatistas);
  4. Usa calça branca (tipo jeans então?) (apenas médicos tem licença "fashion" para tanto).
Este post vai entrar para a Série Curtinhas.Voltarei em breve com mais "Homens que não merecem respeito".



E pra você, o que te leva a pensar que um cara não merece seu respeito?

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Curtinhas do Dançando

Há algum tempo não presencio cenas estranhas ou diferentes, como é do conhecimento geral, ou pelo menos dos poucos que frequentam meu blog, eu sempre vejo alguma coisa hilária por onde passo. As vezes tenho a impressão de que uma boa parte é coisa da minha cabeça, mas a registrada agora não é!

"Manhã de terça-feira, muito cansada no buzão no meio da manhã, admirando o nada quando vejo a seguinte cena: Coroa + blusa regata rosa calcinha por dentro da calça + tal calça que era jeans anos 70, ou seja, já usou muito + sapato social + pochete abarrotada + cabelinho pra trás cheio de gel + ...mais nada né? Porque tudo isso junto numa pessoa só já é demais pra mim! Ri muito!"

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Chance

As vezes a oportunidade surge a nossa frente tão camuflada, ou quase invisível, como um fio de cabelo. Apesar da vulnerabilidade e fragilidade que uma boa oportunidade poderá apresentar é preciso agarrá-la com força, vontade e determinação.


Durante a luta pela chance, talvez única, as coisas  que servem para nos tirar o foco, aparecem e correm atrás de nós como laços prontos, feitos de aço que nos alcançam por atração, nem precisa segurar, nem se esforçar, eles simplesmente vem. E se não tiver cuidado irá te envolver, quando se der conta...será tarde demais.

Em meio as oportunidade dadas e as distrações do caminho, fique atento! Mesmo que no mar da vida só te apresente simples linhas ao olhar para o horizonte, e ilhas ao redor, siga em frente, pois as ilhotas não te servem de grande coisa, apesar de lindas. Um dia acreditaram que no final do horizonte havia um grande abismo, porém, outros acreditaram que depois da linha existia algo mais e seguiram adiante, não se contentaram com pequenas ilhas.

"Os dias correm, somem e com o tempo não vão voltar 
só há uma chance pra viver 
não perca a força, e o sonho, 
não deixe nunca de acreditar 
que tudo vai acontecer."
Rosa de Saron

    


sábado, 21 de agosto de 2010

O Urubu e o Pavão

Em uma planície, viviam um Urubu e um Pavão. Certo dia, o Pavão refletiu:

- Sou a ave mais bonita do mundo animal, tenho uma plumagem colorida e exuberante, porém nem voar eu posso, de modo a mostrar minha beleza. Feliz é o Urubu que é livre para voar para onde o vento o levar.

O Urubu, por sua vez , também refletia no alto de uma árvore:

- Que infeliz ave sou eu, a mais feia de todo o reino animal e ainda tenho que voar e ser visto por todos, quem me dera ser belo e vistoso tal qual aquele Pavão.

Foi quando ambas as aves tiveram uma brilhante idéia em comum e se juntaram para discorrer sobre ela: cruzar-se seria ótimo para ambos, gerando um descendente que voasse como o Urubu e tivesse a graciosidade de um Pavão...

Então cruzaram..e daí nasceu o Peru:

QUE É MUITO FEIO E NÃO VOA !!!

Moral da história:

" Se tá ruim, não faz gambiarra que piora !!!".

Leis Complementares de Murphy

LEIS E PRINCÍPIOS DEMONSTRADOS EMPIRICAMENTE

"O seguro cobre tudo, menos o que aconteceu".
(Lei de Nonti Pagam)

"Quando você estiver com apenas uma mão livre para abrir a porta, a chave estará no bolso oposto".
(Lei de Assimetria, de Laka Gamos)

"Quando tuas mãos estiverem sujas de graxa, vai começar a te coçar no mínimo o nariz".
(Lei de mecânica de Tukulito Tepyka)

"Não importa por que lado seja aberta a caixa de um medicamento. A bula sempre vai atrapalhar."
(Princípio de Aspirinovisk)

"Quando você acha que as coisas começam a melhorar, é porque algo te passou despercebido."
(Primeiro teorema de Tamus Ferradus)

"Sempre que as coisas parecem fáceis, é porque não entendemos todas as instruções."
(Principio de Atrop Lado)

Os problemas não se criam, nem se resolvem, só se transformam."
(Lei da persistência de Waiterc Pastar)

"Você vai chegar ao telefone exatamente a tempo de ouvir quando desligam."
(Principio de Ring A. Bell)

"Se só existirem dois programas que valham a pena assistir, os dois passarão na mesma hora."
(Lei de Putz Kiparil)

"A probabilidade que você se suje comendo é diretamente proporcional à necessidade que você tem de estar limpo."
(Lei de Kika Gadha)

"A velocidade do vento é diretamente proporcional ao preço do penteado."
(Lei Meteorológica Pagá Barbero )

"Quando, depois de anos sem usar, você decide jogar alguma coisa fora, vai precisar dela na semana seguinte."
( Lei irreversível de Kitonto Kifostes)

"Sempre que você chegar pontualmente a um encontro não haverá ninguém lá para comprovar, e se ao contrário, você se atrasar, todo mundo terá chegado antes de você."
(Princípio de Tardelli e Esgrande La de Mora).

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Curtinhdas do Dançando

No radinho I Miss You

Ninguém inicia um relacionamento, amoroso ou de amizade, pensando em quando irá acabar. Afinal de contas, começar um namoro, por exemplo, não é como comprar um cachorro que você faz idéia da expectativa de vida. 

Também não é como comprar um produto com data de validade. Toda amizade é criada para durar para sempre. Todo amor é jurado para durar pralém da vida, apesar dos "mas-porém-contudo-todavia" dos caminhos, eles foram feitos para durar.


É tão esquisito se pegar pensando no futuro e ao mesmo tempo se perguntando "mas será que fulano ainda estará fazendo parte da minha vida?".

É isso aí!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Ensaios de Amor - Alain de Botton

Precisava urgentemente compartilhar este texto de Alain de Botton. Estou lendo um "empréstimo" da Andréa, Ensaios de Amor, do autor já citado, que é um romance delicioso e demonstra claramente como uma pessoa pode ser confusa com seus sentimentos e desejos.

Boa para ouvir enquanto lê: Need You Now

O texto exige um pouco de atenção, mas é muito interessante e real.


Quando olhamos para alguém (um anjo) de uma posição de amor não correspondido e imaginamos os prazeres que estar no céu com essa pessoa poderia nos trazer, tendemos a deixar de lado um risco relevante: como os seus atrativos podem num instante empalidecer se ela começar a nos amar. Nos apaixonamos porque desejamos escapar de nós mesmos com alguém que é tão bonito, inteligente e interessante quanto somos feios, estúpidos e chatos. Mas, se um ser tão perfeito um dia se virasse e decidisse que nos amaria? Só podemos ficar um tanto chocados: como pode ele ser tão maravilhosos como havíamos esperado quando tem o mau gosto de aprovar alguém como nós? Se para amar precisamos crer que o amado nos supera de algum, não é um paradoxo cruel que emerge quando ele retribui esse amor? Somo levados a perguntar: "Se ele/ela é realmente tão maravilhoso(a), como é possível que ele/ela possa amar alguém como eu?".

(...)

Poucas coisas podem ser ao mesmo tempo tão animadoras e tão aterrorizantes quanto reconhecer que se é o objeto do amor de outra pessoa, pois se você não estiver de todo convencido de sua própria capacidade de amar, então receber afeto pode parecer como receber uma grande honra sem saber ao certo o que se fez para merecê-la. (...) Existem pessoas para quem essas demonstrações são apenas uma confirmação do que elas suspeitaram o tempo todo: de que são por essência passíveis de serem amadas. Contudo, existem aquele que, sem crer em sua própria capacidade de despertar amor, não se deixam convencer tão facilmente.
Capítulo 6 - Ensaior de Amor - Alain de Botton

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Paradoxia (por Ricardo Mazzolli)

Acessando os comentários recebidos no Recanto das Letras, achei o perfil do Ricardo (que comentou no texto Curtinhas do Dançando). E lá conheci o seu texto Paradoxia, que gostei muito e, após autorização, resolvi postar.






Paradoxia (por Ricardo Mazzolli)

Por todos os momentos que não passamos,
Por todas as vidas que nós matamos,
Por todas as formas, gestos que ignoramos.

Por todo ódio sublimado fruto de todo amor retraído
Por todo amor retraído fruto de toda paixão que jamais vivemos.

Pela amizade e companheirismo mesmo que,
na maior parte do tempo, não fosse companheiro...
Muito menos amigo...

Pelo simples fato de você existir
Mesmo que não pra mim e mesmo fazendo toda a diferença...

Obrigado!
e desculpa...


terça-feira, 3 de agosto de 2010

Curtinhas do Dançando


Sempre que estou ocupada (curtinho uma preguiça) o telefone toca, eu corro para atender e não é pra mim. Olha o papo. 

Para identificar - B de Bruna e M de Misteriosa.

M - Alô, é de residência?
B - Hum...sim, quer falar com quem?

M - Quem tá falando?

B - Se você ligou, deveria saber quem está falando.

M - Sabe o que é, esse número veio na minha conta telefônica e quero saber de onde é.

B - Quem está falando?

M - Luciene.

B - Hum...e?

M - Então, eu quero saber de onde é!
B - Hum...acho que não posso te ajudar, mas faz o seguinte: anota esse número porque mês que vem constará novamente na sua conta - rindo alto - aí você não precisará ligar de novo!

- Silêncio.

B - Mais alguma coisa?

M - Não.

B - Então tá.

Tu, tu, tu, tu...

domingo, 1 de agosto de 2010

A Lista

Há um tempo atrás fiz uma lista, entre amigas, do cara ideal, mas analisando tudo o que coloquei lá, percebi que já encotrei a lista, mas nada do cara ideal.


E assim percebo que alguns ideias, assim como as listas, são completamente furados! Como disse no comentário ao post anterior, não existe homem ou mulher ideal. Apenas pessoas que se encontram num momento ideal! Dois imperfeitos que se encaixam nas suas fraquezas.

Ainda sim, tive a paciência para fazer uma lista, regada a coca-cola e muita progesterona reunida. Vamos ver o que saiu:


O Cara Ideal e:




1- Aparência Física
Alto (mais do que EU), magro (não esquelético), branco, moreno, negro, pardo, índio, loiro, não necessariamente nesta ordem. Acho que sexy já estaria de bom agrado! (Acho que não pedi nada de mais)

2 - Força Física:


Bruna – Não precisa ser atleta, mas também não precisa ser uma pedra. (Quando conseguir descobrir exatamente o que eu quis dizer com isso, eu explico).

3 - No Caráter
Ser integro é essencial. Boa conduta sem egoísmo, pensar em suas ações lembrando do outro, ter humildade e simplicidade, respeito e honestidade para com os outros. (Me diz, é pedir muito? É o mínimo que uma pessoa pode ter, quanto a caráter)

4- O cara ideal na família
Bruna – Que queira ter uma família (casar, ter filhos) e que saiba lidar com uma. 

5- O homem ideal no dia a dia
Bruna – Ele poder ser como quiser, fazer qualquer coisa desde que não me esqueça. Tem que entrar em contato, nem que seja pra dizer “oi”. (!!!??????!!!!!)



6 – Relação Interpessoal
Bruna – Ser ele mesmo já está de bom tamanho.



7 - O cara ideal e outras mulheres
Bruna – Outras mulheres? Não existem. Tem que o cara que entender que amiguinha coladinha não rola. Que saiba ser simpático sem ser dado. Não precisa mudar sua conduta, apenas se dar o respeito e me respeitar. Amigas mulheres sim, desde que eu aprove. (E tenho dito!!!)



8 – Gosto Musical
Bruna – MPB (fashion), pop rock, BSB, Sandy e JR. A música tem que dar o tom do romantismo. (Essa foi a pior coisa que já escrevi. Pedi e me arrependi...Isso que dá, de uma lista de mil, considerar um item e achar que o bozo se enquadrou em tudo)



09 – Que idade ele tem?
Bruna – Menos de 30 e mais de 23. Isso hoje! Caso bata o desespero, abro exceção até 31 (ha ha ha). Faço minhas as palavras da Pri.



10 - O cara ideal e as outras coisas importantes
Bruna - O cara tem que ter visão de futuro. Se programar para a vida. Ter ou correr atrás de uma carreira sólida, planejar e arrumar a vida para torná-la melhor.

11 –  Sua relação com os amigos
Bruna – Amigo de todos, não influenciável.



12 – Aspectos Econômicos
Bruna – Mão aberta para mim e para as minhas vontades, sem ser idiota a ponto de jogar dinheiro fora. Tem que ser controlar, afinal quem vai bancar a casa e os filhos? (Risos)

13 – Hábitos
Bruna – sem cigarros, sem álcool. Sem manias exóticas, sem “cacoete”, boa higiene pessoal e prevenido.

14 – Iniciativas
Bruna – Que saiba o que quer, mas que me deixe a oportunidade de escolher também. Que não precise ser mandado para fazer. Feeling é essencial!

* A lista não está completa, retirei alguns itens.

Se eu parasse um pouco para olhar o que considero ideal, antes de embarcar em canoas furadas, me afogaria bem menos. Em contra partida, só entrando na água para aprender a nadar, não é?