quinta-feira, 29 de maio de 2014

Quando eu era criança...

Esses dias comecei a lembrar de várias brincadeiras que fazia com meus irmão e amigos quando era criança. Algumas não fazem o menor sentido, outras já são bem conhecidas de todos. Sinceramente eu não sei o que passava na minha cabeça quando era criança...desconfio que minha cabecinha era um grande vazio, cheio de vento! Por que era cada ideia...

Eu e meus irmãos aprontávamos muito e consequentemente acabávamos levando umas belas surras. Esses dias lembrando as histórias com meu irmão do meio chegamos a conclusão que poderíamos ter nos tornado qualquer coisa, revoltados ou coisa assim, mas nada disso aconteceu. Mas também sabemos que as surras não resolviam o problema, por que esquecíamos a dor muito rápido e logo começávamos a fazer tudo de novo.

Vejam bem, eu sou a caçula de dois irmãos (homens), logo eu era a mimadinha do trio. Isso quer dizer que se eu me machucasse seria uma novela, e isso sempre acontecia, e eu sempre queria me enfiar nas brincadeiras deles, e eu era manhosa (confesso).

As brincadeiras eram assim:

* Mamãe foi trabalhar (eu e meus irmãos) objetivo - espancar meus irmãos. Eles ficavam deitados na beliche, embaixo das cobertas (pra doer menos) e eu "saia para trabalhar, quer dizer, saia do quarto e eles começavam a gritar e fazer bagunça. Eu voltava com a colher de pau e descia o sarrafo neles!! A brincadeira era só isso! Óbvio que eu era sempre a mãe, por que: 1 - eu tinha menos força, então minhas pauladas doiam menos e 2 - se eu levasse uma pacada com a colher de pau ia chorar e não teria brincadeira por um bom tempo.

* Sua madrinha é? (eu e meus irmãos) - objetivo - não identificado, mas a brincadeira sempre acabava com os tres embolados saindo no pau. Sempre começava inocente, cada um apontava o defeito da madrinha do outro, coisas físicas ou de personalidade. Só que sempre tinha um que não gostava e aí acabava feio!

* Casinha na rua: gente, casinha é casinha em qualquer lugar. Mas na minha infância, especificamente no período que morei no Caioaba (link) as brincadeiras eram muito elaboradas. Brincar de casinha na rua significava que cada calçada era uma casa, as bikes eram os carros e os meninos participavam como marido (mas sem outras intenções). Eles basicamente ficavam atrapalhando a brincadeira (alguma semelhança com a realidade??). Gostávamos de arrumar tudo com caixotes e os itens que tínhamos de boneca. E era só.

* Malhação: Vamos combinar que Malhação (isso mesmo a novelinha Global) estreou em 1995. Quer dizer, eu tinha 10 anos! E o grande lance era refazer o último episódio, só que as cenas eram contadas do nosso jeito. Isso eu gostava!

* Campeonato de vôlei: Jogávamos como vôlei de praia, só que sem a praia, areia e tudo mais rs. Era em dupla, a rede era um elástico preso de uma extremidade a outra da rua e nossa...passávamos horas jogando.

*Roupa Maluca: Preciso deixar claro que a pessoa que mais brincava comigo de roupa maluca era a Juliana do Fina Flor (conto mesmo). Quando eu falo que as brincadeiras não tinha sentido, é verdade. Essa é uma das brincadeiras que não faziam sentido. Eu explico:  a brincadeira consistia em vestir TODAS as roupas velhas suas, da mãe, da vó, de qualquer pessoa, de uma vez. Pensa: vestido de festa caipira com a saia de um vestido de dama de 15 anos, com chapéu e lenço tudo junto? Era só isso. 

Fora essa brincadeiras sem nexo tinham as padrões, pique esconde, polícia e ladrão, pique pega, porém valia correr em qualquer rua do Bairro, isso significa que a brincadeira se estendia mais que o necessário e a gente acaba correndo por horas.

Lembro da febre do patins roller. Como lá em casa eramos 3 e só dava pra comprar 1 patins o meu era bem "unissexo" preto de tiras azul e cinza, além de enorme. Mas quem liga?? Eu andava o dia inteiro. A sensação era ir patinar na quadra do Brizolão que era bem lisinha.

Tive uma infância bem estendida, considerando que aos 14 anos eu ainda brincava com a maioria dos meus brinquedos, assistia Chiquititas e ouvia Xuxa só para os baixinhos, bem...eu não era uma adolescente muito pra frente. Lembro da minha infância com saudade, apesar de não ter sido a melhor época da minha vida. Mas a época da inocência e da ignorância sobre como o mundo é de fato, o torna feliz.

sábado, 17 de maio de 2014

Infância e outras coisas

Passar um tempo rodeada de crianças tem suas vantagens. Quem mais, além de inocentes crianças conseguiriam levar os dias de paz onde a única preocupação é ir para a escola, brincar de Barbie, jogar uma boa partida de uno e dormir? Crianças não se preocupam com nada! Eu sei que não estou contando uma super novidade! É que isso lembra a minha própria infância!

Estava pensando como passei uns bons 12 anos de ignorância total! Não me importava com nada que estava acontecendo nesse mundo que é louco desde sempre! Hoje, pensando em retrospectiva, sei exatamente os grandes problemas que passei em casa, sim, me lembro de todos, mas não sei o que acontecia no mundo e acho que a inocência da infância me protegia do sofrimento, eu não tinha a menor ideia da seriedade do que estava acontecendo.

Não lembro quase nada de fato histórico, político, social, econômico ou cultural da minha infância, nada mesmo! É como uma grande lacuna onde só constam brincadeiras, amigos, risada e palhaçadas. Lembro de cada conversa, brincadeiras, como eram as regras, até que horas ficávamos na rua, o que cada um gostava de ser na nossa "Malhação" inventada e é só isso que preenche minha memória. Ah claro, lembro de cada programa infantil, das novelinhas e tudo mais.

Crianças são só ingenuidade. Lembro dos meus sonhos infantis, achava que aos 18 seria adulta e aos 28 uma velha casada e cheia de filhos. E vejam só ainda hoje acho que aos 38 serei adulta e com 48 uma velha casada e cheia de filhos. Será que realmente perdi a ideia fantasiosa sobre a vida adulta? Tenho minhas dúvidas.

***

Estou aqui só passando tempo e tentando não dormir cedo,amanhã terei uma longa viagem de ônibus de volta para o Rio e não estou preparada psicologicamente para passar 12h sentada no "de volta pra minha terra". Também não estou preparada para voltar pra minha casa, minha rotina e tudo mais. Ah claro, estou com saudade do meu cantinho mas sei lá. Tem horas que a vontade é avançar no tempo e como não é possível a gente vai levando...só que apenas levar não basta

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Para quando o susto não tem dimensão, para quando a dor não tem limite e para quando a decepção não tem fim...chora que passa.

Para quando o passado não tem mais graça, contar a velha história só te causa vergonha e tudo ficou cinza, esqueça.

Para quando os planos mudarem e os sonhos estivem andando do outro lado da rua, mude.

Nunca é tarde para recomeçar, seja lá o que for que você deixou de lado. Pode ser um curso de idiomas, um grande investimento ou a louca vontade de aprender a cozinhar. Não é o tamanho dos seus projetos que vão determinar o quanto ele é importante para você. Eles só podem ser dimensionados por si mesmo.

As vezes só precisamos exercer o poder de resolução. Ora, não enrole, não coloque seus medos a frente dos seus sonho, planeje mas não fique apenas nisso. Dê o primeiro passo, mesmo que signifique sair para conseguir informações, muitas vezes isso é tudo. Mexa-se. E não perca tempo relatando seus propósitos para qualquer um, se servir a dica, não conte para ninguém. Faça mais e fale menos. Infelizmente não são todos a nossa volta que se contentam com a nossa vitória.

Hoje, mais do que nunca, estou escrevendo para mim!!! Apesar dos sustos, vida que segue.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Ninguém tem o direito

Entre as muitas coisas que uma pessoa não pode fazer a outra é brincar com seus sonhos e anseios. Mexer com o que há de mais puro em um ser humano. Nossos sonhos são intocáveis, castos e inocentes. Sobrevivem da fé que temos que um dia viveremos como sempre almejamos.
Ninguém tem o direito de brincar com isso.
Ninguém tem o direito de entrar em uma área tão restrita, por mais que as vezes nós mesmos estejamos abrindo espaço e convidando o "inimigo" para ler nossos projetos. Tudo bem, leia, mas não venha tecer comentários maldosos, não  tente mudá-los, não tripudie.
Só acho que ninguém tem o direito de entrar em uma vida se não for para fazer diferença, e veja bem, fazer diferença não é mudá-la. Não! É acrescentar, óbvio, mesmo porque ninguém tem o direito de tirar nada da vida de alguém. Até o tempo que se tira daremos conta. Então chegue para somar. 
Ninguém tem o direito de estragar sua trilha sonora preferida isso é maldade além da conta.
Ninguém tem o direito de bagunçar sua rotina, seus sentimentos, sua cabeça.
Isso não é certo, não é justo.
Mas o fato é que há poucas pessoas preocupadas com direitos e deveres e vão tocando o barco sem se preocuparem a que custo está sendo levado.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Férias e outras coisas

Nem acredito que o tão esperado período de descanso remunerado, também chamado de férias, chegou!!

Desde que entrei para o Cinema que passei a planejar muito bem minhas férias, afinal de contar, foi lá que descobri o que era trabalho e porque precisamos descansar após 12 meses de tarefas árduas. Então, tirar férias passou a ser, além de descanso, um mês de curtição. Veja bem, há quase quatro anos não tenho finais de semana completos se de descanso, feriados muito menos. Então "folgar" significa muito pra mim.

No entanto, essas férias foram as mais micadas que tive. Primeiro porque sai da zona de conforto do mês de junho que sempre foi meu padrão e por causa de planos com terceiros mudei meu mês para março.  Montei todo roteiro e antes de concluir os planos tudo foi por água a baixo. Ok, é de se pensar que eu teria aprendido e não faria isso novamente. Só que não.

Passado mais um tempo, entrei de "gaiato no navio" e refiz os planos, agora com "quartos" e mudei para maio (outro mês nada legal para férias).  E foi tudo de novo, planos ralo abaixo!!! Sendo assim, chegaram as férias e não tinha nada em mente, programado ou vontade de fazer qualquer coisa!!!

O que mudou um pouco foi o papo com um amigo que me convenceu a fazer alguma coisa e foi assim que fechei alguns dias na Ilha Grande, mas confesso que ainda não estou muito empolgada e pra completar o tempo virou bastante no Rio.

Como de costume, fiz minha viagem anual para Marília (onde estou agora), visita básica ao irmão, cunhada e sobrinhas. Tem sido bons dias de descanso de toda rotina, fora dos assuntos comuns da minha área...simplesmente longe, o que não significa que os problemas e tristezas não estarão nos acompanhando, mas ficam menos pesados.

Esse período de férias, a princípio de merda, serviram para alguma coisa boa: decisões e novos começos!! Sim...enfim deixei um medo de lado e dei um passo importante! Espero concluir o próximo antes de fechar maio e caminhar rumo ao impossível!! Já postei aqui o quanto tenho medo de tentar, medo do fracasso..aliás, tinha!!! Tenho que focar: tinha!

Bem...assim vou eu seguindo nessas férias meio estranhas rumo a trinta dias de nada pra fazer e muito pra fazer ao mesmo tempo.