Encontrar velhos conhecidos no mercadinho perto de casa, parece algo bem casual e inocente. Até seria se o encontro não fizesse surgir perguntas inconvenientes e intromissões indesejadas.
Avistei um velho conhecido, que não encontrava há tempos, fiquei até na dúvida se ele ainda lembrava de mim, até que ele mandou um:
- Oi!
Respondi pronta e simpática!
- Oi
Na fila seguinte.
- E aí, casou?
Esbocei um sorrio sem graça.
- Não.
Entra a dona/caixa do estabelecimento no assunto.
- Casar pra quê?
- É que você sumiu, achei que estivesse casada.
Googlei na mente: qual é a relação entre sumiço e casamento? Resposta não encontrada.
- Não casei. (Penso: sabia que existe uma linha do tempo, que não para, entre a época que te conheci, digo na minha adolescência, e os dias atuais?)
A intrometida:
- Ihh casar..casar pra quê? Hoje pra encontrar um homem bom é tão difícil. Vai achar um em 100.
Emendo: Um em mil.
- Poderia te indicar meu filho (risos).
Sorrio sem graça enquanto penso "ótimo, eu aceito".
- Mas ele não vale nada!!! Coitada da namorada dele.
O inconveninente comenta:
- É, para achar o homem bom é preciso pedir direção de Deus!
- Concordo e sempre peço! E quanto ao seu filho "fulana", ele não serve, já que tem namorada! (Nota mental: que pena).
Enquanto isso o sem noção vai embora e eu termino de pagar minhas coisas. Enquanto a intrometida continua:
- Meu filho é muito safado! Coitada da namorada! É uma boa pessoa, mas safado!!!!!
- É... que pena, resmungo.
- Oi?
- Oi? Quanto deu?
E fim de papo! Fui embora rapidinho antes que minha cara denunciasse meus pensamentos!
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