quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Perdida

Mais perdida que cego e tiroteio não estou entendendo a confusão que me meti, ou que fui jogada. Já perdi o senso crítico de tudo!

Você pensa que está fazendo tudo certo, que se esforçar é o suficiente, tentar ignorar os fatos mais irritantes que te acontecem e engolir a seco o mal que lhe causam será bom o bastante, mas não é!

E aí que sempre surge um caso, um motivo para maltratar mais. Parece que é de propósito, que o motivo é para efetivamente causar raiva. Isso me deixa magoada. Tanto tiro, porrada e bomba por nada. Muito barulho por nada!

Assim começo a entrar no estado que saí há pouco tempo: aquele que me sinto idiota e burra. Onde ainda uma vez me dediquei sozinha e atoa a merda nenhuma. Já estou cansada dessa coisa de me jogar, aceitar e acreditar em tudo e todos. Cansada de acreditar que "agora vai" e no final eu vou sozinha. 

Não quero me sentir assim, não posso e não mereço. Mas o coração está ficando pequenininho de novo, lacrado no fundo do peito mais uma vez e com toda certeza, eu não fiz por merecer. E a minha vontade é gritar até perder a voz, tudo que está engasgado aqui no peito, mas só de pensar percebo que não vale a pena gastar palavras...não vale.

Preciso aprender que nem todo mundo sabe receber o bem que lhe é ofertado. Quem sempre se serviu de lixo não sabe apreciar o luxo. Quem está acostumado com migalhas se farta com qualquer bucado. Não sou mulher de sentimentos mendigados, não sei ofertar pouco de mim, ou é tudo ou nada. Não sei gostar pouco, me doar pouco, aceitar pouco. Ninguém merece ser só um pouco.

Talvez aí esteja meu erro.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Canoa Furada

Nem sempre estamos no controle da situação. Nem sempre podemos gritar o quanto uma pessoa está sendo burra e tomando todas as decisões erradas!

Como eu queria abrir a sua cabeça e colocar dentro dela tudo o que penso, a força. 

É estranho assistir uma cena do qual deveria fazer parte, mas está apenas como expectadora. Vendo todas as merdas acontecendo sem poder interferir, sem poder falar. É como estar em um sonho onde sua voz não sai. Parece aqueles casos de quando somos crianças e contamos para os adultos o que houve e ninguém acredita em nós.

Ver toda essa merda acontecendo debaixo do meu nariz sem poder fazer nada é doloroso. Ver como as pessoas podem ser más, como desejam o mal ao próximo, influenciam tantos outros inocentes e mexem com uma cabeça fraca é triste. Mas chega um momento que não resta mais nada, nenhuma palavra, nenhuma ação. É só deixar o barco seguir seu rumo.

E pra quem disse que não era canoa furada, está me saindo um belo barquinho sem remo!

sábado, 22 de fevereiro de 2014

O que eu faço?

E agora o que eu faço com meus planos? Melhor, o que eu faço com os nossos planos? Eram todos seus e pra você.

O que eu faço com esse sentimento latente batendo em meu peito tão forte que chega a doer? O que eu faço com essa sensação de história mal contada que quer ter outro final...um que seja feliz. O que eu faço com essas lágrimas que ficam caindo sem eu querer que elas saiam. 

Aonde eu guardo todo ânimo, todo carinho e bem querer que estavam aqui só pra você? O que eu faço de mim? O que eu faço com o nó na garganta e com o nós que virou apenas eu. Meio eu, quase nada eu...

Como refaço meu coração despedaçado que ousou pular de tão alto só dessa vez. Como desfaço meus sonhos guardados pra você? O que eu faço com suas promessas, palavras tão nuas que tão facilmente brotava e morria nos meus ouvidos sempre atentos?

O que eu faço agora que sou só eu e esse vazio que tem a sua marca. Ninguém vai preencher...não há outro como você, sempre vai sobrar ou faltar...seus traços são bem peculiares.

Pra quem vou contar aquela piada idiota que só você sabe completar e rir como se fosse a primeira vez. Aliás, você disse que sempre seria como a primeira vez, não lembro de ter me deixado na primeira vez.

Pra quem vou estalar os lábios, fazer bico, encenar uma raiva dramática, fazer um drama por minuto, ameaçar jogar tudo pro alto só pra fazer as pazes??

Como posso ouvir nossa música e não ter sua mão quentinha para embalar a minha. E esse sorriso bobo, largo e iluminado que sempre me sorri apertado ao sinal de qualquer palhaçada.

Eu não quero fazer nada disso pra mais ninguém...então deixa esse orgulho de lado, abre sua mente e veja que estou aqui, por mim e por você. 




sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Carta na garrafa

Se eu pudesse estar com você agora te diria como tudo isso vai passar num piscar de olhos. Sim, estaria mentindo, mas amenizaria as dores e os pavores da sua mente.

Se com você estivesse agora te abraçaria bem devagarinho para não assustar mais, pra não balançar mais, para não fazer o seu ar já tão rarefeito faltar ainda mais.

Se por perto estivesse te lembraria de tantos planos futuros feitos há dias atrás, esconderia esses monstros que te apavoram no fundo do armário junto com o passado tão presente, mas bem camuflado.

Se por perto me quisesse te faria rir até sua barriga doer, só pra amenizar essa dor que sente por antecipação. Faria qualquer coisa para te ver sorrir como no primeiro dia em frente ao mar. Como no segundo dia debaixo daquela lua indecente que ficava tomando conta de nós.

Se ao menos me chamasse nesse momento que está tão frágil eu te diria o quanto é forte, por querer suportar tudo isso sozinho, também reforçaria o quanto é idiota por não querer dividir comigo suas dores. Não posso curá-las, mas teria um enorme prazer em amenizá-las.

Meu coração se parte por saber que não está bem. Se faz em pedacinhos por não confiar em mim para aguentar seus demônios. Já os vi, já os conheci, eles vão embora junto com as lágrimas de exaustão. E não é feio, nem pecado, muito menos fraqueza chorar. Só conheço esse meio de colocar pra fora tudo que fere, incomoda, sufoca e nos abate. Chorar lava a alma. Deveríamos chorar mais.

Você me faz querer ver o mundo com seus olhos. Me dá um folego para o novo que nunca tive, me trás a curiosidade de uma criança e a alma leve de um monge. Não tem peso, não tem dúvida, só paz. Mesmo com todas as suas contradições e conflitos, ainda sim há paz.

Perto não posso estar, lhe dizer o que sinto também não...sigo aqui conversando com o mundo digital que pouco se importa com você ou comigo.

Não sei do que estou falando

Se relacionar é algo extremamente complicado, independente do tipo de relacionamento.

Entre familiares que conhecemos desde que nos entendemos por gente, é difícil. Com amigos que conhecemos há pouco é complicado e agora estou sofrendo com um relacionamento amoroso.

Se relacionar exige compreensão total, aceitar o outro do jeito que é, não exigir o impossível, estar aberto a novos pontos de vista, considerar o outro como parte de si, parte dos seus planos, aliás requer refazer planos. É puxado, é pesado as vezes, mas dividir esse peso ainda parece a melhor opção.
 
De repente você se vê frágil com a menor possibilidade de deixar tudo de lado. E assim, como um simples querer que vai se modificando com o tempo, mesmo que pouco tempo.
 
Se relacionar exige doação sem interesse, fazer o bem sem colocar na conta, estender a mão, oferecer o ombro, ser o apoio e a mola que impulsiona o outro pra frente.
 
Não é nada fácil. Muitas vezes as palavras faltam quando deveriam brotar e rolam quando deveriam calar. Desfazer interpretações errôneas então...
 
Exige um pouco de mudança, não pelo outro, mas por si mesmo. É duro perceber que ser quem você te sido por toda a vida talvez te afaste de quem se gosta. As vezes é preciso mudar, não pra agradar ou moldar-se ao outro, mas para que esteja preparado para acolher o outro coração, pra que o caminhar junto seja algo em sintonia e leve. Será preciso deixar muito orgulho de lado e toda necessidade de ter sempre a razão também. Será mais que necessário não fazer questão da última palavra. E aí, sem querer você se torna sábio.
 
Há um discurso padrão que segue por aí: quando não estamos procurando é que encontramos. Seja lá o que for...um chinelo perdido ou o amor da sua vida.
 
Quando estamos distraídos por aí é que encontramos um disposto a compartilhar sua risada, tempo, histórias, dramas, sentimentos, medos, sonhos, projetos malucos, um puf e um console! Seja lá o que for, quando dois dispostos se atraem é tudo de bom. Não são só flores, mas os espinhos são menos doloridos.
 
Só posso dizer que quando você pensa pra frente e é essa pessoa que consta nos seus planos, você já pode ficar em paz, o amor chegou pra valer.
 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Um dia após o outro

Se há um tempo atrás eu tinha vontade de escrever sobre a falta de riso e o meu péssimo humor, hoje só quero escrever sobre a alegria que você me trás.

Não quero pintar o mundo de rosa e dizer que tudo "são flores". Mesmo porque não é. Há muitos espinhos que eu mesma solto por aí, outros que me pegam de surpresa, mas se tiver com quem passar por esses espinhos dolorosos, tudo fica mais tranquilo.

Há planos que não quero fazer, mas eles surgem. Há histórias que não quero contar pra mais ninguém.  Há momentos que não quero dividir com mais ninguém.

Depois que as músicas de dor de cotovelos pararam de fazer sentido pra mim entendi que não tem graça gostar sozinho, não é legal se apaixonar perdidamente, esse papo de perder a cabeça não tem nada a ver com amor.

Quando gostamos queremos estar junto sem pressão, joguinhos, mentiras, "ses",dúvidas...essas coisas não podem entrar na equação do amor. Só dá pra ter amizade, simplicidade, harmonia, muito risada, cumplicidade, jogo aberto, diálogo sempre, cartas na mesa, nada de joguinhos, nada de fazer tipo.

E eu aqui escrevendo isso enquanto assisto uma serenata online. Aí eu esqueço o que ia falar. Deixa pra lá!

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Vivendo um clichê

Sumida do blog, sumida de tantos lugares! Ando por aí vivendo um clichê, cheia de orgulho, toda boba, cheia de ânimo, cheia de vida, apesar de cansada.

Sabe aquele papo de "quando é pra acontecer, acontece"? Pois bem, estou vivenciando esse clichê e nem sei dizer como isso aconteceu! Ando meio Chicó "não sei, só sei que foi assim".

É que de repente os dispostos se atraem, se esbarram e resolvem compartilhar seus medos, suas bobeiras, risadas, problemas, soluções, afeto. De repente estamos dispostos a receber, a dar a compartilhar nem esperar nada em troca.

Um amiga me disse há muito tempo atrás que é muito diferente gostar de quem gosta da gente, assim de graça. E é mesmo. É diferente e é bom! Viver cada dia como se fosse o primeiro, simplesmente sem joguinhos, sem terceiras intenções, sem querer sacanear ou impressionar ninguém. Viver para agradar e ser agradada. É bom olhar pra trás e saber que tudo o que aconteceu antes foi estágio, passageiro e um preparo para o que viria agora.

É bom estar feliz por ter alguém pra segurar sua mão e seu sorriso. Alguém que compartilha as mesmas piadas, que torna o tempo relativo. Que transforma dias em meses e futuro em algo tão próximo.

É bom se apaixonar, mas é melhor ainda quando é reciproco. É perfeito falar a mesma língua, sentir conforto e segurança, vivenciar o sentimento sem neuras, sem cobranças...simplesmente viver e sentir. É bom ouvir uma música melancólica e descobrir que ela não faz mais sentido pra você. Delícia.

2014 começou muito bem. Espero que ele me surpreenda mais ainda.

Deixo uma musiquinha que já adotei como trilha...

"E que o verão no seu sorriso nunca acabe
E aquele medo de viver
Um dia se torne um grande amor
Vou te falar, mas acho que você já sabe
Você apaixonou, alucinou, descompassou
Meu coração"