sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Saudades eternas

Há dois anos atrás estava me despedindo chorosamente de uma família que o mercado de trabalho me deu! De um grupo seleto de pessoas que me ensinaram tudo profissionalmente, inclusive o que ser e o que não ser.

Me despedia às lágrimas daqueles que um dia me acolheram, no auge da minha adolescência e timidez. Foram laços criados no decorrer de oito anos que passaram voando, mal percebi. Não me lembro nem um dia desses 2920 que se passaram em que eu se quer acordei sem vontade de estar no nº 409 9ºandar! Se quer cogitei a hipótese de servir a outro lugar!

E quando acabou, foi muito pior do que pensei, quando descobri que estava chegando ao fim. Consegui passar um mês tranquila até perceber o calendário dando tchau ao mês de janeiro de 2010 e para meu tempo de casa naquela empresa, que mais parecia uma mãe! Nem tanto pela pessoa jurídica em si, mas pelas pessoas físicas que colocam um coração nela!

Como todo término, foi difícil. Todo término é difícil, se você não parte para algo superior em tudo! E foi o que aconteceu.

Não superei até hoje, e não vai ser um emprego melhor que me fará esquecer! E não ter esquecido, é um dos motivos pelos quais não consigo voltar para visitá-los, pois tenho certeza que lágrimas teimosas surgiriam ao tilintar dos elevadores. Esses dias encontrei com dois amigos que me fazem morrer de saudade, até pela apurrinhação de um deles e tive que me conter muito para não choramingar a falta que sinto!

Algumas coisas ninguém nunca saberá de fato! Acho que ninguém faz ideia do que foram esses oito anos pra mim. Todos os dias sinto falta da longa viagem, do trânsito louco, do corre-corre, das cenas cômicas, do cafezinho, do monóxido de carbono invadindo meus pulmões em meio aquela loucura do Centro da Cidade!

Até hoje não me acostumei a acordar mais tarde, não que consiga acordar mais cedo e isso que é estranho, e trabalhar perto de casa, ver conhecidos o tempo todo! Aff, não acostumo! Isso é só um pouquinho do que não me acostumei!

E já passaram 17 meses em outro lar e ainda me sinto uma adotiva totalmente fora d'água. Ok! Fiz novos amigos, aprendi outras coisas, ensinei tantas outras, mas nada está superado. E não há nada o que fazer quanto a isso! Quem sabe um dia passa!

Um comentário:

  1. Acho que a forma como foi sua saída é que ajudou a piorar. Eu saí por opção. Mas condições em que estava, depois de 4 anos de "sofrimento", hoje me encontro num lugar melhor. Mas isso vai de cada um. Seu caso foi muito complicado.
    Daqui a 10 dias, completo, 1 ano na nova casa. E estou bem melhor do que naquela época literalmente elétrica!
    Tb relutei horrores para voltar lá. Fui mês passado. E confesso que não gostei do que vi.
    As pessoas tão tristes sabe. Clima pesado entretando fui super bem acolhida. Mas a nossa velha casa, não estava do mesmo jeito. Como vc mesmo disse, não é a pessoa jurídica e sim as pessoas físicas que fazem do lugar, um lugar melhor. E muitas das pessoas de nossa época, foram embora, outras passando por problemas pessoais bem complicados e por aí vai.
    A vida prega certas peças na gente. Mas acredito que com o tempo tudo vai se acertando, vamos encontrando nossa identidade e passamos a ver o passado com mais alegria e menos pesar.
    Boa sorte amiga. E conte comigo para o que der e vier!!

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