sábado, 12 de janeiro de 2013

Eu tenho, eu sou!

Há muitos anos a casa onde moro passa por obras e reformas. Na verdade quando mudamos pra cá, só haviam três cômodos e tudo o que eu queria era ter o meu quarto. Eu era adolescente, o que mais iria querer se não o meu próprio espaço? Tinha certeza de que seria plenamente feliz e uma pessoa muito mais organizada quando o meu quarto estivesse pronto. Isso não demorou muito, e lá estava o tão sonhado quarto do jeito que eu queria! E nada mudou, a bagunça continuou e já não deseja mais o quarto, ansiava por outras coisas!

Depois que comecei a trabalhar descobri que precisava ter várias coisas! Um celular, roupas melhores, sapatos da moda, algumas bolsas. Mais uma vezes estava convicta de que a cada aquisição tudo seria diferente! E é claro, nada mudou!

Passado mais algum tempo, precisava urgentemente me encaixar no meu círculo social (trabalho+faculdade) e as necessidades triplicaram. E não dava para acompanhar tudo, mas eu ia me enrolando e tentando me adaptar a tudo e todos! Lógico que não cheguei a lugar nenhum!

Conheci algumas pessoas que valem o que tem! E refletem isso o tempo todo! E outras que não dão a mínima para o ter e simplesmente refletem isso também no seu comportamento...a simplicidade do ser, de não precisar comprar nada para provar seu valor!

E aí, com o tempo vamos percebendo que não há nada que possa ser comprado que vá mudar seus sentimentos, que preencha os vazios, acalme o espírito, renove suas forças, te dê paz ou traga um breve momento de felicidade! Por natureza nunca estamos satisfeitos, há sempre algo mais, um novo desejo, uma "necessidade desnecessária" que nos é imposta e aceitamos numa boa!




Às vezes não possuimos grandes bens materiais, mas somos miseráveis, pois nos especializamos em reclamar e valorizar o que nos falta e não nos alegrar pelo que temos e somos. A sensibilidade depende de nossa visão e postura de vida.
Augusto Cury



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